O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem ser a prioridade de sua vida a eleição de Alexandre Padilha para o governo de São Paulo e a reeleição da presidente Dilma Rousseff. “Não sei quantos votos posso conseguir para você, Padilha, mas minha prioridade vai ser sua campanha e a campanha de Dilma. Vão ser prioridades na minha vida”, afirmou, durante ato político de apoio à candidatura do ex-ministro da Saúde, no centro da capital. O ato político contou com a presença, em sua maioria, de sindicalistas. O Estado não identificou pagamentos à militância.
Lula voltou a cobrar o prefeito Fernando Haddad para que divulgue mais sua administração. Segundo ele, o prefeito está apanhando “de manhã, de tarde e de noite” e precisa reagir.
O ex-presidente acredita que se Haddad melhorar sua imagem pode ajudar a alavancar Padilha, que tem 4% das intenções de votos segundo pesquisa Datafolha divulgada anteontem. Nesta semana, Lula se empenhou pessoalmente para acender seus dois “postes” paulistas. Na quarta-feira, apareceu ao lado do prefeito em uma inauguração e ontem participou de dois eventos ao lado de Padilha.
Apesar de ter dito, na quarta-feira, que não lia o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo, Lula citou ontem dois artigos de seu antecessor sobre corrupção. Nos textos, o ex-presidente tucano afirmou que o petista ainda não havia explicado o mensalão e sugeriu que ambos parassem de “jogar pedras” um no outro.
No discurso de ontem no centro paulistano, Lula convocou integrantes dos partidos que apoiam a candidatura de Padilha (PT, PC do B e PR) a encarar o debate sobre o assunto. “Reconheço que o tema é delicado para a militância, mas temos que encarar de frente”, disse, ressaltando que seu governo foi “o que mais criou mecanismos de investigação”.
O ato de ontem foi o primeiro grande evento de apoio a Padilha desde o início da campanha, no dia 6.