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Estado de Minas

Aécio nega financiamento de aeroporto em terreno da própria família em MG


postado em 20/07/2014 15:43

O candidato à presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, negou neste domingo (20/7), em longa mensagem na rede social Facebook, que o governo de Minas Gerais tenha construído aeroporto na fazenda de parentes, durante o segundo mandato do tucano à frente do estado.

De acordo com reportagem publicada neste domingo no jornal Folha de S. Paulo, o governo mineiro gastou cerca de R$ 14 milhões no espaço construído na terra controlada pelo tio-avô de Aécio, Múcio Guimarães Tolentino, no município de Cláudio, a 150km de Belo Horizonte. A matéria ainda afirma que Guimarães Tolentino é que tem as chaves do portão da propriedade.

A nota publicada pela coligação Muda Brasil, na página de Aécio, afirma que o “aeroporto foi construído em área pertencente ao Estado, não havendo portanto o investimento publico em área privada” e que de “forma incompreensível, o ex-proprietário da área é tratado na reportagem como dono do terreno”. Para o candidato tucano e ex-governador mineiro, ‘‘não se trata também de construção de um novo aeroporto, mas de melhorias realizadas em pista de pouso que existia há mais de 20 anos no local, realizadas por meio do ProAero, programa criado no governo Aécio Neves e que garantiu investimentos em inúmeros aeroportos do Estado”.

Ainda segundo o tucano, em julho de 2011, foi enviada à Anac a documentação necessária para homologação do aeroporto. O processo, segundo ele, não foi concluído. Aécio esclarece que a fazenda da Mata pertence ao espólio da avó dele, Risoleta Neves, e que, “portanto, pertence aos três filhos dela”. “Não houve nenhum tipo de favorecimento na implantação das melhorias na pista de pouso de Cláudio como insinua a reportagem. O ex-proprietário não concordou com as bases da desapropriação definidas pelo Estado e luta até hoje na Justiça contra elas. Até hoje ele não recebeu nenhum centavo”. Segundo ele, "todas as atitudes do governo de Minas Gerais referentes ao aeroporto de Cláudio se deram dentro da mais absoluta transparência e lisura".

A coligação diz ainda lamentar que a reportagem da Folha não tenha citado que comumente muitos aeroportos locais são fechadas para evitar danos e invasões à pista, dando a entender que o controle da área seria uma exceção.

A mensagem afirma ainda que o governo de Minas tem buscado investir em aeroportos regionais e locais, como é classificado o do município de Cláudio e que, como na área já havia uma pista de pouso, constatou-se que seria mais barato investir no local. Caso não o fizessem naquela área, teriam de ter optado por uma “solução mais cara para os cofres públicos apenas para evitar que a obra fosse feita em terreno cujo proprietário tivesse laços de parentesco com o então governador”. A coligação Muda Brasil afirma que o governo de Minas Gerais agiu com rigor e “seguiu todos os trâmites legais” na melhoria do local. “Prova disso é que os interesses de um parente do governador na época foram contrariados para que prevalecesse o interesse público”.


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