A tática começou a ser posta em prática na sexta-feira, em ato pró-Padilha no centro paulistano. O ex-presidente também escalou um cinturão de prefeitos do PT na Grande São Paulo e em cidades do interior para proteger os dois candidatos desta eleição na temporada pós-Copa, quando os olhos do eleitor se voltam para o que ele chama de "vida real".
Sob o comando do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, coordenador da campanha de Dilma no Estado, o time será o grupo de defesa do PT, recorrendo ao expediente da "pronta resposta" para impedir o bombardeio adversário. A estratégia foi definida no dia 11, em almoço na casa de Marinho do qual participaram os prefeitos petistas, incluindo Haddad, além de Lula e Padilha. "Não vamos admitir ofensas pessoais nem baixarias", disse o presidente do PT, Rui Falcão.
Na terça-feira, Lula defenderá o legado dos 12 anos do PT no Planalto ao abrir o Congresso da Federação dos Químicos de São Paulo, filiada à Força Sindical, que apoia Aécio. "Agora estou mais solto e tenho liberdade para falar as coisas que penso e influir na campanha", disse Lula dias atrás a dissidentes da Força que apoiarão Dilma. "Não sou candidato, mas sou militante. Desencarnei."
A dosagem de Lula nos palanques, no entanto, divide o comitê da reeleição.