"É hora de o Brasil ter coragem de inverter as prioridades", disse Campos ao falar do tema escolhido para o evento de inauguração: saúde pública. O candidato disse que o País precisa ter recursos para não deixar as pessoas "morrendo nas calçadas" e também para a educação integral e para o Passe Livre, promessas de campanha de Campos e da vice Marina Silva.
O candidato também reforçou o discurso contrário à polarização entre PT x PSDB, que tem se desenhado nos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto. "Temos a possibilidade de unir o Brasil, de acabar com a dicotomia da polarização que toca o Brasil há mais de 20 anos", disse. Campos colocou a chapa que encabeça como opção que pode cuidar tanto do lado econômico como do lado social.
Campos argumentou que, com um orçamento de R$ 100 bilhões para a educação, o Brasil pode adiantar a agenda do Plano Nacional de Educação e fazer a escola integral em quatro anos. Na área da saúde, fez críticas indiretas ao programa do governo federal Mais Médicos ao dizer que não se pode seguir com uma "política de criminalização dos médicos, que joga o povo contra os médicos". O evento conta com a participação do presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d'Avila.
O pessebista criticou decisões do governo Dilma Rousseff na área de energia e com relação à Petrobras. Segundo Campos, graças à política equivocada do governo federal, o setor elétrico brasileiro passa por um de seus momentos "mais duros".
Campos falou ainda dos erros na economia que levaram à alta de juros e à estagnação do crescimento. "O governo que prometeu desenvolvimento freou o Brasil, que prometeu taxas de juros mais baixos, legou juros mais altos", disse. O candidato afirmou ainda que é preciso acabar com as "forças patrimonialistas e fisiológicas" que rondam o governo Dilma. Antes dele, Marina Silva havia falado sobre a necessidade de fazer uma política "programática" e acabar com o fisiologismo..