O Centro de Belo Horizonte abrigará mais uma vez, nesta terça-feira, candidatos em busca dos votos nas urnas em outubro. O corpo a corpo com o eleitor belo-horizontino na região central já se tornou rotina em ano eleitoral – partindo da Praça 7, com a tradicional paradinha no Café Nice. Esse script já manjado será seguido hoje pela candidata a vice-presidente da República, Marina Silva, que
disputa o cargo na chapa do candidato Eduardo Campos. Ela também dará uma esticada até o Mercando Central, outro local carimbado na agenda eleitoral.Marina começa a caminhada na região central a partir das 15 horas, também em apoio às candidaturas de Tarcísio Delgado e Sílvia Reis, governador e vice, respectivamente, e Margarida Vieira para o Senado. O trio de candidatos é filiado ao PSB, mesmo partido de Marina e Eduardo Campos, que se uniram nas eleições de 2014 depois que a ex-senadora e ex-ministra do governo Lula não conseguiu viabilizar o partido Rede Sustentabilidade para a disputa eleitoral deste ano.
Queda de braço
Em Minas, depois de perder em outros estados, como São Paulo por exemplo, Marina conseguiu ainda que parcialmente impor o ponto de vista dela sobre o arco de alianças mais adequado ao PSB para as disputas estaduais. Marina não queria que o PSB se aliasse ao PSDB em Minas, apoiando a candidatura de Pimenta da Veiga. O ambientalista Apolo Henringer aproveitou a brecha e se lançou candidato, com apoio explícito de Marina, tornando publico por ela nas redes sociais.
Militante egresso da Rede Sustentabilidade e filiado de ocasião ao PSB, Apolo teve que desistir da empreitada depois de ser “'fritado” pelas veteranas lideranças estaduais do partido, que é presidido nacionalmente por Eduardo Campos. De posse desse cacife, Campos articulou e venceu resistências para que o PSB lançasse candidatura própria ao governo de Minas. A princípio, o nome do presidente do PSB em Minas e deputado federal Júlio Delgado era o mais cotado para levar a bandeira do PSB na campanha deste ano.
Aliado dos tucanos em Minas, Júlio acabou sendo substituído pelo pai, Tarcísio Delgado, ex- prefeito de Juiz de Fora e, ainda, com acúmulo de mandatos como deputado estadual e federal. Peemedebista histórico, ainda quando o partido era o MDB que lutava contra a ditadura militar, Tarcísio, em seu primeiro ato de campanha, na semana passada, saiu “atirando” contra os dois principais adversários, Pimenta da Veiga (PSDB) e Fernando Pimentel (PT).
Adversários poderosos
Tarcísio afirmou , na coletiva à imprensa, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que enfrenta nestas eleições "adversários poderosos", que “acumularam riquezas por meio da política”. Delgado desconversou, quando indagado, que não estava direcionando suas críticas a nenhum candidato específico. “Estou falando para todos que entraram na vida pública pobres e ficaram ricos. Cada um, se servir, coloca o boné. Não vou nominar”, disse