Após pressão do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidente Dilma Rousseff decidiu sair à rua e marcou três eventos públicos nesta semana, em agendas oficialmente "institucionais" que servirão para aumentar sua visibilidade no noticiário neste início de campanha e aproximá-la do eleitorado.
Na semana passada, os compromissos de Dilma foram dominados por uma agenda internacional, marcada por reuniões da cúpula do Brics e visitas de chefes de Estado. "Eu sou obrigada a ter duas atividades. Uma atividade é a minha atividade como presidente, ela se sobrepõe à outra, necessariamente (de campanha)", afirmou Dilma na última quarta-feira, 22, ao responder sobre quando entraria em campanha.
A estreia oficial de Dilma na campanha ocorreu na última sexta-feira, 18, quando a presidente convocou um bate-papo em página administrada pelo PT no Facebook para sair em defesa do programa Mais Médicos, considerado uma das vitrines de sua candidatura à reeleição.
Agenda
Na próxima quinta-feira, 24, Dilma vai ao Rio de Janeiro visitar às 14h, as obras de plataforma flutuante e sondas de perfuração do pré-sal no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis. Às 16h, visita as obras da Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Para as 19h30, está prevista uma agenda de campanha, "privada", em um jantar com lideranças políticas em São João de Meriti (RJ) na Baixada Fluminense. Segundo apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Dilma se reunirá no Rio com prefeitos do PMDB, lançando uma contraofensiva ao movimento "Aezão".
Na sexta-feira, 25, Dilma faz o seu terceiro evento público da semana, ao visitar um assentamento em Planaltina, região administrativa na periferia de Brasília.
Limitações
Desde 5 de julho, Dilma não pode comparecer a inaugurações de obras públicas, realizar publicidade institucional nem fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito - salvo se for matéria urgente e relevante, devidamente reconhecida pela Justiça Eleitoral.
As condutas vedadas foram estabelecidas pela Lei das Eleições, de 1997, com o objetivo de tentar garantir a igualdade de oportunidades entre os candidatos e não permitir que atuais ocupantes de cargos usem a máquina administrativa para fazer autopromoção ou para favorecer aliados.