O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), Sergio Luiz Leite, afirmou nesta terça-feira, 22, que a maioria dos diretores ligados à entidade apoiará a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição. Em âmbito estadual, porém, a tendência é apoiar a reeleição do tucano Geraldo Alckmin.
Leite ponderou que a Força Sindical, entidade a qual a Fequimfar é filiada, já declarou apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB). "A Força é pluripartidária", destacou. Segundo ele, 28 dos 33 sindicatos ligados aos químicos devem declarar apoio a Dilma. "Quando eu falo em sindicato, falo nos dirigentes, nos presidentes dos sindicatos que já declararam apoio (a Dilma)." A entidade dos químicos representa cerca de 180 mil trabalhadores no País.
"Não está na pauta do congresso tirar da Fequimfar uma posição política de apoio a esse ou aquele candidato. O que nós temos aqui são tendências", ponderou. "Defendemos que a liberdade dos nossos líderes sindicais deva ser respeitada."
Tanto que no âmbito estadual a tendência, segundo o sindicalista é apoiar a reeleição do tucano Geraldo Alckmin. "Nossa questão não é partidária. Tem muito dirigente que apoia (Alexandre) Padilha, do PT", afirmou. "O governador Alckmin tem uma presença muito próxima conosco", disse - Alckmin esteve na abertura do congresso hoje em Praia Grande.
O sindicalista destacou a importância da presença de Lula para ajudar a convencer os trabalhadores a apoiar Dilma. "É o primeiro (ex-) presidente a vir aqui falar conosco", disse. "Acho que ele cumpriu o papel dele aqui. Com certeza ele convence muita gente."
Durante o congresso da entidade hoje, Lula discursou e pediu votos para Dilma. O ex-presidente pediu aos trabalhadores que mantenham a crença na política econômica do governo. "Queria que vocês levassem isso em conta para que a gente não sofresse nenhum revés, para que continuasse com esse País sóbrio, maduro, com dificuldades na economia por conta de uma crise que está demorando", afirmou.
Lula disse ainda que "é preciso levantar a cabeça". "Não tenho nenhuma preocupação em dizer: conheço a companheira Dilma e poucas vezes eu conheci nesse País alguém com o caráter da Dilma", afirmou. Em alguns momentos de seu discurso, de forma isolada, alguns trabalhadores pediram o "Volta Lula".