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Estado de Minas

Governo 'andou devagar' na reforma urbana, diz Carvalho


postado em 23/07/2014 19:21 / atualizado em 23/07/2014 19:50

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, reconheceu nesta quarta-feira, que o governo federal "andou devagar" nas áreas de mobilidade e reforma urbana. Os dois assuntos entraram no centro do debate político após as manifestações de junho, no ano passado. "O governo andou devagar nessa área da mobilidade urbana e da reforma urbana. É verdade", reconheceu Carvalho, ao discursar na cerimônia de posse dos membros do Conselho Nacional das Cidades, em Brasília.

O ministro destacou que o governo deu incentivos para a indústria automobilística, o que foi importante, já que o "carro é símbolo importante da aquisição dos direitos e dos bens no Brasil".

"O cara ganha um pouquinho mais e quer dar a primeira prestação do Fusquinha dele, qualquer carro desse, e  temos o orgulho de ter feito isso no Brasil. E conseguimos, de fato, dar acesso a bens, isso é um orgulho. Ao fazer um bem para a sociedade é que se provoca uma inclusão maior. Você tem mais gente circulando na cidade, tem mais estudante indo para a escola, mais gente indo para o trabalho", comentou Carvalho. O ministro ponderou que essa situação provocou estresse nas cidades e as manifestações do ano passado expressaram esse 'estresse que ninguém mais aguenta'.

O Conselho das Cidades integra o Ministério das Cidades e tem natureza consultiva e deliberativa. Entre suas atribuições está a discussão sobre a formulação e implantação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano.

Conselhos

Ao discursar na solenidade, Carvalho destacou a importância da pressão dos conselhos na formulação de políticas públicas. "Temos de estar convencidos de que a sociedade brasileira não vai aceitar mais governos herméticos, fechados, como foi no passado, sem transparência, com órgãos como a Polícia Federal que não funcionavam quando era para cortar na carne. Acabou. A sociedade exige que os governos se abram para a transparência", disse.


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