Embora dirigentes do PT reclamem nos bastidores da estratégia definida pelo comitê da reeleição de aproximar Dilma dos candidatos do PMDB aos governos de São Paulo, Paulo Skaf, e do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-ministro da Saúde de Dilma tentou amenizar o mal-estar e a tensão em sua campanha.
"Não tem estresse nenhum. Já coordenei a campanha de Dilma em São Paulo, em 2010, e sei que nessas horas é preciso conversar com todo mundo, com governadores, candidatos, até com prefeitos do PSDB e do DEM", disse Padilha, após deixar o comitê de Dilma, onde se reuniu por duas horas com o presidente do PT, Rui Falcão.
Questionado se não era constrangedor ver a presidente dar prioridade ao palanque de Skaf, sem definir atos de campanha com o PT, Padilha desconversou. "Não tem ataque de nossa parte. É só dar o microfone na boca dos candidatos que eles se revelam. Vai perguntar como tratam, por exemplo, os movimentos sociais", afirmou o petista, sem dizer a quem se referia, e entrando no carro em direção ao Palácio da Alvorada.
PMDB
Dilma participará nesta quinta-feira, 24, de um jantar em São João de Meriti, no Rio, com o governador Pezão, que concorre ao segundo mandato, e com prefeitos do PMDB. Trata-se de uma tentativa de implodir o movimento "Aezão", articulado pelo grupo do PMDB que apoia Aécio e Pezão. O ato, batizado de "Dilmão", irritou o candidato do PT ao governo do Rio, Lindbergh Farias.
Em São Paulo, o PMDB do vice Michel Temer tenta marcar o primeiro evento de campanha com Dilma e Skaf para o dia 23 ou 30 de agosto.
Nesta quarta, contudo, o candidato do PMDB ao governo estadual afirmou que sua candidatura é "independente" e que não teria espaço em sua chapa para palanque duplo..