A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ouve nesta quinta-feira testemunha de defesa das acusações contra o deputado André Vargas (PT/PR). O parlamentar é investigado pela Casa por supostamente ter atuado em favor do laboratório, que pretendia fechar um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de remédios. A empresa seria um laboratório de fachada do doleiro Alberto
Youssef, preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato, de combate à lavagem de dinheiro. O deputado nega as acusações.No dia 25 de abrideste anol, o deputado André Vargas anunciou que estava se desfiliando da legenda pela qual militou por 24 anos. No entanto, até hoje, nem ele nem o partido comunicaram oficialmente à Câmara a desfiliação.
O Conselho de Ética não tem o poder de convocar testemunhas, mas apenas convidá-las, o que dá margem a adiamentos e recusa de convites. A intenção do relator, deputado Júlio Delgado (PSB-MG) é apresentar seu parecer na semana de esforço concentrado prevista para agosto.
Argôlo
Também nesta quinta-feira, o Conselho de Ética definirá procedimentos administrativos das representações contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). O parlamentar é alvo de duas representações, uma proposta pelo Psol e outra pela Mesa Diretora da Casa, a partir de pedido de investigação do PPS.
Segundo o relator do caso Argôlo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que irá analisar a defesa, os dois processos serão unificados. Assim como André Vargas, o deputado baiano é suspeito de envolvimento com o doleiro Youssef.
O prazo para as investigações deste caso, inclusive o depoimento de testemunhas (do relator e da defesa), termina em 19 de agosto. O processo deve ser concluído em 24 de setembro para ser levado à votação no Conselho.