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Estado de Minas

Aécio pretende manter críticas a Dilma no caso Pasadena

A estratégia adotada pelo tucano continuará sendo a de não personificar na presidente, pois ele acredita que esse tipo de ofensiva desagrada o eleitor


postado em 24/07/2014 20:00 / atualizado em 24/07/2014 20:57

Mesmo com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de inocentar a presidente Dilma Rousseff pelo prejuízo de US$ 792 milhões com a compra da refinaria de Pasadena quando ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras e ministra de Minas e Energia, o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) pretende manter as críticas, durante toda a campanha, de que ela é uma má gestora e focará na "responsabilidade moral" da petista sobre o caso.

"Existem muitos níveis de responsabilidade. No sentido jurídico, que implica ressarcimento ao dano, ela foi inocentada. Mas e a responsabilidade moral? Ela não se reunia com a direção da empresa para discutir receita de bolo ou resultado de futebol, né?", opinou o candidato a vice na chapa de Aécio, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

A ideia é mostrar, inclusive na TV, que a imagem de boa gestora com a qual o ex-presidente Lula recomendou Dilma para emplacá-la como sua sucessora na eleição passada não se confirmou não só nesses três anos de governo, mas que nunca existiu, nem mesmo quando ela era ministra na gestão anterior. A decisão de manter a estratégia de abordar o aspecto moral de Dilma ocorre em meio ao primeiro significativo questionamento ético da campanha tucana: a revelação de que Aécio, quando governador, desapropriou um terreno dentro da fazenda de seu tio e autorizou a construção de uma pista para aviões na propriedade rural, que fica próxima também a sua fazenda.

O coordenador nacional do comitê de Aécio, senador José Agripino (DEM-RN) explica os argumentos. "Ela era vendida pelo Lula como uma gestora que participa e conhece todos os pontos daquilo que comanda, então essa imagem falece com a responsabilização, pelo TCU, da equipe que ela manteve em seu governo. Na campanha, isso será colocado para que o eleitor não vote em gato por lebre."

A estratégia adotada por Aécio continuará sendo a de não personificar na presidente, pois ele acredita que esse tipo de ofensiva desagrada o eleitor. Portanto, quando o tucano foca a artilharia nos fracassos do governo petista, isso inclui a explicação do prejuízo de US$ 800 durante a gestão do PT.

O ex-vice governador de São Paulo e integrante da equipe do presidenciável tucano, Alberto Goldman, afirmou que não concorda com a decisão do TCU. "Foi uma decisão de ordem política e não técnica, porque o TCU é constituído de membros políticos, indicações de peso político e não é correta, na minha avaliação." Mas, independentemente disso, Goldman acredita que o tema estará presente nos debates eleitorais. "(A absolvição) pode até ser um argumento usado por ela para se defender, mas nosso argumento será dizer gente da equipe dela dá prejuízo milionário aos cofres públicos e isso é grave."

Com Agência Estado


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