Em ano eleitoral, a base aliada e a oposição já haviam feito um acordo - revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em maio - de blindar empresas envolvidas no escândalo que mantêm contratos com a estatal. O entendimento foi comprovado em reunião da CPI semana passada, quando, após conversa de deputados e senadores, acertou-se pela abertura dos sigilos apenas do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, sem esbarrar em potenciais doadores da campanha. Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), as CPIs morreram já no início em razão do controle governista das apurações.
O relator da CPI mista, deputado Marco Maia (RS), disse que as investigações vão continuar até o fim do ano. "Talvez a oposição tenha perdido o interesse na CPI porque o único objetivo de alguns deputados e senadores era que ela pudesse influenciar no resultado eleitoral de outubro", afirmou o petista..