Quem associou Perdigão ao homem fotografado foi o ex-agente da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra. Em depoimento na última quarta-feira, ele contou que ouviu histórias do período do próprio Perdigão, morto em 1997. Guerra chegou a apresentar a fotografia recortada, em que aparece apenas o rosto do suposto participante na morte da estilista. À comissão, Guerra disse que obteve a imagem numa pesquisa recente no acervo do Globo. Na tarde de hoje, o jornal informou que a imagem foi publicada no dia 15 de abril de 1976.
Desde 1998, o Estado reconhece que Zuzu Angel foi assassinada por agentes do regime militar.
Um ano e meses após ser criada, a comissão mantém seus trabalhos apenas com material já divulgado pela imprensa e por grupos de famílias de mortos pela ditadura. Os comandantes das Forças Armadas se recusam a entregar os arquivos oficiais dos centros de inteligência relativos ao período da ditadura. Até agora, membros da comissão tentam convencer o Planalto a intervir para garantir um relatório final com novos dados sobre a repressão, especialmente a localização dos corpos de guerrilheiros ainda não entregues às famílias..