A maior parte do dinheiro, para os investigadores, teria origem em supostos desvios de contratos da estatal com empreiteiras e fornecedoras.
Por meio delas, de junho de 2011 a março de 2014, Youssef teria lavado dinheiro supostamente desviado da Petrobrás. Os investigadores rastrearam pelo menos US$ 78,2 milhões enviados por meio de 1.114 contratos de câmbio fraudulentos, que simulavam importações.
Costa está com US$ 23 milhões bloqueados na Suíça. Youssef está com US$ 5 milhões congelados naquele país. A suspeita é que as offshores foram usadas para movimentação desses valores.
A avaliação dos investigadores foi feita a partir da análise dos documentos aprendidos no dia 17 de março, quando a Operação Lava Jato foi desencadeada.
Janene, que morreu em setembro de 2010, era amigo e mantinha negócios com Youssef. A PF e a Procuradoria da República cravam que Youssef e Costa foram os mentores de organização criminosa que se teria infiltrado em órgãos públicos e na própria Petrobrás.
Conexão
Os investigadores cruzaram informações da planilha do ex-assessor de Janene e da agenda de Costa e identificaram menção a offshores para lavar o dinheiro que teria como fonte pelo menos seis empresas citadas no documento.
A planilha, juntada a um inquéritos instaurado há três meses sobre a lavagem do dinheiro, representa para os agentes indício forte da colaboração de campanha para candidatos. Nela há nomes de doadoras e executivos supostamente ligados a Costa. Eles deverão ser ouvidos no inquérito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..