A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 28, que existe em relação a economia do país um pessimismo similar com o que aconteceu na organização da Copa do Mundo de futebol. Entre os pontos citados pela presidente, está a previsão de que haveria uma crise no setor elétrico durante o evento internacional. Segundo ela, há no Brasil um jogo de "pessimismo inadmissível".
Ela defendeu as políticas do governo para a indústria e para o setor de infraestrutura, citando que o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) resultou em aportes de R$ 200 bilhões. "Teve candidato que dizia que a gente tinha que parar de subsidiar a indústria", provocou, referindo-se ao tucano Aécio Neves.
Destacando que seu governo será, ao fim deste ano, aquele que mais investiu em infraestrutura, Dilma afirmou que o país terá um "momento de retomada" e deverá inaugurar um novo ciclo de produtividade.
Concessões
Dilma afirmou ter aprendido com o processo de concessão de rodovias. Questionada se o processo não estaria devagar por ter deslanchado apenas no fim de seu governo, ela afirmou que teve que combinar antes com os "russos", numa referência aos empresários, o modelo a ser adotado.
Dilma negou que as concessões realizadas no seu governo tenham sido privatizações. Ela afirmou que as concessões têm um prazo definido para que o bem concedido volte para o Estado. "Quando vendo ou privatizo, não (ocorre o mesmo)", declarou.
A presidente participa neste momento de sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, pelo portal UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan. A entrevista ocorre no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República em Brasília. Os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), já foram sabatinados na semana retrasada.