O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, abriu nessa segunda-feira as mídias digitais para coletar sugestões dos cidadãos interessados em participar da construção de sua plataforma política. Pelo site oficial, aplicativo para smartphones e pelo Facebook, por meio do qual serão organizados fóruns temáticos ao longo de agosto, os eleitores poderão encaminhar as suas expectativas.
“Estamos iniciando um processo técnico de ouvir toda a população. É por isso que eu tenho viajado tanto, ouvido tanto e estimulado as pessoas para que participem conosco, e também porque eu considero que governar é delegar”, declarou. Segundo Pimenta, o plano de governo não é uma “peça publicitária”, mas será um “roteiro” a ser seguido caso eleito. “As prioridades quem define é a população”, afirmou, agendando para 8 de setembro o lançamento oficial do documento.
O plano de governo do tucano será coordenado por Paulo Paiva, professor da Fundação Dom Cabral e ex-ministro do Trabalho e do Planejamento e Orçamento no governo de Fernando Henrique Cardoso e pelo advogado e gestor público Thiago Bregunci. De acordo com o candidato, uma rede de colaboradores e especialistas de áreas consideradas prioritárias, entre eles professores, médicos, engenheiros e economistas, participarão na estruturação das áreas temáticas.
Para Paulo Paiva as sugestões indicadas pelos eleitores precisarão ser transformadas em como fazer. “Acho que esse vai ser o trabalho de quem está coordenando o plano de governo”, assinalou. “O nosso desafio nessa equipe é tentar conciliar os sonhos de todos os mineiros com os princípios e a competência do nosso futuro governador”, acrescentou o ex-ministro.
Ao lado do candidato ao Senado Antonio Anastasia (PSDB) e do seu vice, Dinis Pinheiro (PP), Pimenta elegeu o que chamou de “dois propulsores” do estado: “São muitos nítidos. Um é a infraestrutura e outro é uma verdadeira revolução que pretendemos fazer na educação”, prometeu. Ele apontou ainda a diversificação e dinamização da economia do estado e os investimentos sociais na saúde e na segurança pública como estruturadores de seu projeto. “Podemos dizer que vai ser um governo moderno, que vai aproveitar tudo que foi feito, que vai avançar muito”, disse o tucano.
Crescimento
Em crítica à condução da política econômica pelo governo Dilma Rousseff, Paulo Paiva afirmou que Minas Gerais sofre os efeitos negativos do que chamou de “uma taxa de juros muito alta, uma inflação muito alta e um crescimento baixo”. Segundo ele, o Brasil precisa crescer e não aumentar tributos, que considerou, já serem elevados. “Quase 40% do que se produz nesse país é arrecadado pelo governo e 70% disso vai para o governo federal”, sustentou. “Esse, eu acho que é o principal desafio, que transcende a Minas Gerais, mas é fundamental indicá-lo”, acrescentou.