O candidato a governador Fernando Pimentel (PT) voltou a atacar o desempenho econômico do estado de Minas Gerais durante as gestões dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia. O petista, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, citou o último estudo promovido pela consultoria inglesa Economist Inteligence Unit, que avalia a competitividade nos estados. Minas caiu da terceira para a sexta posição.
“O ranking é apurado em indicadores relacionados ao governo do estado, como ambiente de negócios, legislação tributária e questões de leis de regulação”, disse o ex-ministro. “Mostra mais uma vez a ausência de um projeto de desenvolvimento econômico para Minas Gerais”, completou Pimentel, ontem, ao inaugurar seu comitê de campanha, na Avenida Afonso Pena, no Bairro Funcionários.
O levantamento citado pelo candidato foi encomendado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e considera itens como a infraestrutura e burocracia, avaliando com notas que vão de um a 100 em oito itens: ambiente político, ambiente econômico, regime de impostos e regulação, políticas para o investimento estrangeiro, recursos humanos, infraestrutura, inovação e sustentabilidade.
De acordo com o ranking, São Paulo e Rio de Janeiro estão em primeiro lugar, mantendo a posição do último levantamento. Minas Gerais, entretanto, passou do terceiro para o sexto posto, sendo superado por Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Para Pimentel, Minas perdeu competitividade devido a “12 anos de governo tucano”. O ex-ministro entende que as administrações de Aécio Neves e Antonio Anastasia não foram capazes de repetir o que ele avalia como “pujança” do Brasil durante as administrações federais de seus correligionários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente candidata à reeleição Dilma Rousseff.
Para tentar melhor a competitividade do estado, Pimentel propôs: “Corrigir com um projeto de desenvolvimento econômico que se preocupe de fato com Minas Gerais do jeito que ela é. Com a Minas Gerais real e não a da propaganda. Voltado para população, carinhoso, participativo é que vamos recuperar o atraso econômico que estamos vivendo hoje”.
SINERGIA Ao ser questionado se a inauguração do comitê de campanha no mesmo espaço onde funcionará o comitê da presidente Dilma Rousseff pode aumentar a integração entre as duas campanhas, Pimentel respondeu que o processo segue um “ritmo normal”. O candidato destacou que estará com a presidente na sexta-feira, em Montes Claros. Vale lembrar que grande parte do material de campanha, como adesivos, banners e panfletos de Pimentel, não traz o nome da presidente Dilma e muitos estão na cor azul, que é historicamente associada aos tucanos.