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Estado de Minas

Haddad: novo Plano Diretor mudará mercado imobiliário


postado em 30/07/2014 09:07 / atualizado em 30/07/2014 09:59

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse na manhã desta quarta-feira, em entrevista à Rádio Estadão, que o novo plano diretor da capital paulista mudará "completamente" a atuação do mercado imobiliário na cidade. Haddad citou bairros nobres, como Pinheiros, Moema e Vila Olímpia, que foram verticalizados nos últimos anos, sem o planejamento adequado, como exemplo do que irá mudar. "Esses eram bairros de sobrados que deram lugar a espigões, sem capacidade de suporte. Nós vamos conservar os miolos dos bairros", disse.

Haddad explicou que, no interior dos bairros, o gabarito máximo de construção agora é de oito andares. O objetivo do plano diretor é evitar a construção de prédios muito altos em vias menores do interior dos bairros, onde as ruas são estreitas, há menos transporte público e menor espaço para implantação de ciclovias. "As construções agora vão percorrer as grandes avenidas por onde passa o transporte público de massa."

O prefeito destacou ainda que um dos objetivos centrais do novo plano é equilibrar a distribuição de emprego e moradia. Haddad disse que foram zerados impostos da zona leste da cidade, em torno do eixo de Itaquera, para incentivar que empresas se instalem na região, evitando que dois milhões de trabalhadores precisem se deslocar diariamente para as regiões sul e central. Haverá incentivos também para que se construa mais moradias no centro da cidade, que já tem infraestrutura pronta. "Não nos interessa que um bairro, como o centro, seja representativo de apenas uma classe social", disse o prefeito ao argumentar que a revitalização do centro pode atrair moradores também de classes mais ricas.

Baixa renda

Questionado sobre a falta de interesse do mercado imobiliário em construir e financiar imóveis para famílias de baixa renda, Haddad defendeu que é necessário continuar com parcerias público-privadas - as PPPs - e com programas governamentais, como o Casa Paulistana, da Prefeitura, o Casa Paulista, do governo estadual, e o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. "Se não houver recurso público, o mercado não tem condições de produzir para essa faixa de renda", concluiu o prefeito.


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