O candidato tucano afirmou que seu compromisso será pelo realinhamento da política externa com a agenda comercial "e não ideológica".
O candidato afirmou ainda que é essencial estimular a internacionalização das empresas brasileiras, enfrentando a bitributação. E aproveitou para dizer que não cabe "a governo nenhum estabelecer taxa de retorno para quem queira investir", mas apenas reconhecer o potencial de investimento. "Cabe ao governo estimular investimento com regras claras e sem o nefasto intervencionismo."
Vinculação ideológica
Aécio também criticou a condução do atual governo na área de relações externas. Para o tucano, o comercio com outros países vem "sofrendo pelas amarras da vinculação ideológica". "O Brasil vem perdendo oportunidade de avançar no entendimento com a União Europeia", considerou. O tucano defendeu a transição de Mercosul de união aduaneira para área de livre comércio: "O Mercosul hoje vem nos amarrando", afirmou.
Sem dar detalhes, Aécio também ressaltou por vários momentos que é necessário criar "um arcabouço" para que se avance "em novo ambiente de negócios".
Uma das principais bandeiras do governo de Fernando Henrique Cardoso, o fortalecimento das agências reguladoras, também foi alvo de defesa do candidato. "O resgate das agências reguladoras parece urgente e possível de ser enfrentada nos primeiros dias de governo."
Medidas impopulares
Citando o episódio em que foi criticado pelo PT por propor "medidas impopulares", o candidato do PSDB afirmou que foi o governo dos petistas que adotou medidas impopulares. "Essas políticas levaram ao crescimento pífio da economia e o recrudescimento da inflação que vem punindo os que menos têm", declarou Aécio.
O tucano disse que, caso eleito, não lhe faltará coragem política desde o início do seu governo para propor mudanças. Dentre as medidas citadas por Aécio está a simplificação do sistema tributário e a compensação de créditos de forma ampla.
O candidato disse, no entanto, que só haverá espaço fiscal para reduzir a carga tributária no Brasil caso haja um "controle efetivo e claro do crescimento de gastos correntes do governo". Segundo ele, na gestão da presidente Dilma Rousseff não há controle desses gastos e é necessário equilibrar esse índice com o do crescimento da economia..