"O primeiro recurso que ele pode ir daqui para a frente, pois na estadual está esgotado, é ir para a nacional, mas como eu sempre consultei as instâncias superiores, acredito que não vamos ter problema nenhum", disse.
Emídio esclareceu que, enquanto os possíveis recursos não forem analisados, judicialmente a decisão em relação a expulsão fica suspensa, ou seja, o deputado segue filiado. "Mas internamente no PT não tem mais campo para ele" reforçou.
Segundo o dirigente petista, o arcabouço legal brasileiro permite uma série de recursos e caberá à Justiça decidir. "Se ele recorrer, a justiça é quem vai ter que se pronunciar. No que depender do PT, ele não é mais filiado. Ele não tem mais direito a nada dentro do PT e não vai disputar a eleição", afirmou.
Emídio disse que o partido está disposto a ir "às últimas instâncias" para impedir a candidatura de Moura e afirmou que "não acha que cabe à Justiça interferir dessa maneira nos partidos".
Apesar da votação expressiva que o deputado teve nos pleitos passados, Emídio afirmou que isso não preocupa o partido. "Pode ter a votação que for, nós não trocamos voto por ética", disse.
Em reunião com a participação de 41 membros do diretório estadual, a expulsão foi aprovada por unanimidade. No encontro, havia inclusive membros da corrente partidária que Moura, PTLM (Partido dos Trabalhadores de Lutas e Massas).
Emídio reforçou que Moura teve "o mais amplo direito à defesa". "Ele que não quis exercer (direito de defesa) e, ao contrário, afrontou o PT levando a disputa para os tribunais", disse. Emídio afirmou ainda que o processo de expulsão foi transitado corretamente, "de acordo com o regimento do PT".
Moura é suspeito de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao tomar conhecimento da decisão da comissão executiva estadual, que indicou a expulsão ratificada nesta sexta-feira, 01, pelo diretório, Moura afirmou que vai recorrer da decisão com uma arguição de suspeição contra a comissão e diz que ela não tem "moral" para julgá-lo..