A nota também traz a informação de que o assessor especial da pasta, Paulo Argenta, teria garantido que "jamais" preparou as questões que foram antecipadas aos diretores da estatal que prestaram depoimento na comissão.
Reportagem publicada neste sábado, pela revista Veja mostra suposto dialogo entre servidores da Petrobras em que tratam sobre uma trama para antecipar as perguntas que seriam feitas aos depoentes da CPI.
A revelação do esquema constaria em vídeo, de 20 minutos, gravado durante uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
No diálogo que constaria no vídeo, Barrocas revela a suposta participação na elaboração das perguntas do assessor especial da Secretaria Especial de Relações Institucionais, Paulo Argenta, do assessor da liderança do governo do Senado, Marco Rogério de Souza e do assessor da liderança do PT na Casa , Carlos Hetzel. "Eu perguntei quem é o autor dessas perguntas. Oitenta por cento é do Marcos Rogério. O Carlos Hetzel fez alguma coisa. O Argenta fez outras".
A estratégia de combinar perguntas e respostas teria sido colocada em prática no dia 20 de maio, quando o ex-presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, depôs na CPI. Na ocasião, o relator da comissão, senador José Pimentel (PT-CE), teria dado o "gabarito" com perguntas e respostas a Gabrielli. Para fazer chegar o material ao ex-presidente da estatal, Pimentel teria recorrido ao ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra, que hoje ocupa cargo de direção na empresa, e à atual presidente da estatal Maria Graça Foster.
Veja a íntegra da nota da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República:
Em relação ao publicado em órgãos de imprensa relativo à CPI da Petrobrás, a Secretaria de Relações Institucionais informa que não elaborou perguntas para uso dos senadores na referida CPI.