Para os analistas, Dilma deve manter políticas que são características do seu governo, como as desonerações setoriais, o estímulo ao crédito e a preferência por produtos domésticos nas compras do governo. Dessa forma, a presidente não interferiria no discurso de inclusão social e do combate à desigualdade, que é o principal ponto da identidade petista, diz o relatório.
Os investimentos em infraestrutura também devem continuar, segundo a consultoria. "O aprendizado envolvido nas últimas licitações, em conjunto com os resultados positivos obtidos, de fato, deve conduzir a presidente Dilma a ampliar o programa de concessões", afirma.
O relatório aponta que não há sinais de necessidade de ajustes da política macroeconômica no plano de governo do PT, apesar de o documento destacar que um eventual novo mandato da presidente Dilma seria caracterizado como um novo ciclo de mudanças para o País. Esse novo ciclo seria baseado em três pilares: solidez econômica, amplitude das políticas sociais e competitividade produtiva - este último sendo colocado como um novo pilar.
"O documento não traz sinais sobre a necessidade de ajustes da política macroeconômica, ainda que ressalte o objetivo de fortalecimento da mesma", avaliam os analistas. Para a consultoria, ajustes marginais na política macroeconômica não viriam da convicção sobre a necessidade de mudança, mas de restrições como a inflação acima do teto da meta e o risco de perda do grau de investimento, que poderiam levar a novos apertos na política monetária e certos ajustes nas contas públicas..