"A campanha de rádio e TV é onde se concentra o maior número de ações perante a Justiça Eleitoral. Na eleição passada, a partir do momento em que começou o rádio e a TV tivemos mais de 200 representações. No período anterior a essa fase, foram em torno de 50. Rádio e TV concentram em média 75% do contencioso judicial de uma campanha", afirmou o advogado da campanha presidencial do PT, Flávio Caetano. "Estamos preparados para isso com o rádio escuta ligado em todos os programas, tanto nos blocos como nas inserções".
Segundo ele, nesta fase dos telejornais o foco será verificar se a divisão de tempo entre os candidatos foi respeitada e se foi feita alguma declaração "caluniosa" ou "degradante" por parte dos adversários. Ao todo, oito advogados de um total de 15 contratados pela campanha da presidente Dilma Rousseff serão destacados para acompanhar os telejornais e os programas eleitorais.
Segundo nas pesquisas de intenção de votos, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, também contará com um grupo de advogados de olho nos adversários.
As equipes jurídicas do PT e do PSDB também deverão contar com a participação de funcionários da área de comunicação das respectivas campanhas, que ajudarão na análise do material divulgado. "O foco é identificar e analisar algumas afirmações de caráter injurioso, calunioso, assertivas falsas que causem degradação dos adversários. Ultrapassando-se o limite da lei há o direito de resposta que é aplicado em 24 horas", afirmou Eduardo Alckmin. As inserções nos Estados, segundo Flávio Caetano, também serão acompanhadas. "Aconteceu muito na eleição passada quando no espaço estadual pedia-se voto para o nacional. Isso não pode acontecer. Os diretórios estaduais nos acionam sobre tudo aquilo que acontecer nos Estados e tenha repercussão nacional", ressaltou Caetano..