Com o início da cobertura das campanhas presidenciais por parte dos principais canais abertos de televisão, integrantes da área jurídica dos candidatos montarão um esquema de "plantão" para acompanhar possíveis atropelos na Lei Eleitoral por parte dos adversários. A partir desta segunda-feira, alguns dos principais telejornais deverão destinar parte da programação para mostrar o dia a dia dos candidatos que despontam na frente nas pesquisas de intenção de votos. É o início da chamada "campanha eletrônica", que, a partir de 19 de agosto, incluirá também as propagandas eleitorais no rádio e na TV.
Segundo ele, nesta fase dos telejornais o foco será verificar se a divisão de tempo entre os candidatos foi respeitada e se foi feita alguma declaração "caluniosa" ou "degradante" por parte dos adversários. Ao todo, oito advogados de um total de 15 contratados pela campanha da presidente Dilma Rousseff serão destacados para acompanhar os telejornais e os programas eleitorais.
Segundo nas pesquisas de intenção de votos, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, também contará com um grupo de advogados de olho nos adversários. "A marcação tem que ser feita homem a homem", afirmou o advogado da campanha presidencial do PSDB, Eduardo Alckmin. "O acompanhamento será feito de dia e de noite num revezamento que deverá ocorrer entre os integrantes da equipe jurídica e de marketing da campanha. Será criado um sistema de acompanhamento dos programas: nenhum pode passar em branco".
As equipes jurídicas do PT e do PSDB também deverão contar com a participação de funcionários da área de comunicação das respectivas campanhas, que ajudarão na análise do material divulgado. "O foco é identificar e analisar algumas afirmações de caráter injurioso, calunioso, assertivas falsas que causem degradação dos adversários. Ultrapassando-se o limite da lei há o direito de resposta que é aplicado em 24 horas", afirmou Eduardo Alckmin. As inserções nos Estados, segundo Flávio Caetano, também serão acompanhadas. "Aconteceu muito na eleição passada quando no espaço estadual pedia-se voto para o nacional. Isso não pode acontecer. Os diretórios estaduais nos acionam sobre tudo aquilo que acontecer nos Estados e tenha repercussão nacional", ressaltou Caetano.