O senador baiano Walter Pinheiro (PT) saiu em defesa do colega de partido e ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e desqualificou as denúncias da revista Veja. A publicação apontou, em reportagem publicada na edição desta semana, que teriam sido previamente combinadas com Gabrielli e com a atual presidente da estatal, Graça Foster, as perguntas que seriam feitas a eles na CPI da Petrobrás, instalada no Senado.
Pinheiro ainda questionou o papel da oposição durante os interrogatórios da CPI no Senado. "Será que os senadores e deputados de oposição participaram dos treinamentos (dos depoentes)? Eles entregaram antes as perguntas que iam fazer?", argumentou. "Claro que não, eles chegaram na hora e perguntaram."
O senador, porém, relevou que, caso algum documento considerado secreto tenha sido vazado do Congresso, a questão precisa ser investigada. "Se um parlamentar tem acesso a um documento desse tipo, na chamada 'sala secreta', ele lê o documento, mas não pode retirar nem cópia dele", explicou. "Se houve um vazamento desse tipo de documento, é preciso que seja apurado. Aí, efetivamente, deve ser punido o culpado."
Hoje secretário de Planejamento da Bahia, Gabrielli segue sem comentar as denúncias sobre a Petrobrás. Segundo sua assessoria de imprensa, o ex-presidente da estatal diz que só vai ser pronunciar sobre o tema "nos autos".