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Estado de Minas

Aécio Neves anuncia superministério

Presidenciável do PSDB afirma que, caso eleito, vai criar pasta para centralizar ações de infraestrutura. Disse ainda que abrirá mão do salário de senador durante a campanha


postado em 05/08/2014 00:12 / atualizado em 05/08/2014 07:40

Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente da República, ao lado do seu vice, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP):
Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente da República, ao lado do seu vice, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): "Estamos estudando a criação de um forte Ministério da Infraestrutura. Não quero entrar em todos os detalhes, mas, obviamente, trataria dos investimentos em rodovias, ferrovias, na área da energia" (foto: George Gianni/PSDB - 30/6/14)

O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (PSDB), afirmou nessa segunda-feira que, se eleito, vai criar um superministério para centralizar os investimentos na área de infraestrutura. Depois de semanas dizendo que vai enxugar as 39 pastas do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) pelo menos à metade, o tucano indicou que pode aglutinar algumas delas e anunciou a primeira possível mudança. Também nessa segunda-feira, o presidenciável afirmou que vai abrir mão do salário de R$ 26,7 mil que recebe como senador durante a campanha eleitoral.

O desenho da nova estrutura ainda não tem data para ser lançado, mas está sendo elaborado pelo ex-governador de Minas Antonio Anastasia (PSDB). Em sabatina ao Portal G1, Aécio criticou mais uma vez o número de ministérios no governo Dilma e disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do seu partido, encerrou o mandato com 22 ou 23 pastas. “Estamos estudando a criação de um forte Ministério da Infraestrutura. Não quero entrar em todos os detalhes, mas, obviamente, trataria dos investimentos em rodovias, ferrovias, na área da energia”, afirmou.

O Ministério da Infraestrutura já existiu no Brasil no governo do ex-presidente Fernando Collor, em 1990. A pasta abarcava as áreas da comunicação, transportes e minas e energia. Na campanha de 2010, Dilma chegou a estudar a criação de um superminisério para concentrar as mesmas áreas de atuação, mas a ideia não foi para frente.

Questionado sobre a tentativa fracassada de Collor, que acabou extinguindo o ministério, Aécio disse não ter esse governo como parâmetro. O tucano afirmou que vai investir em uma administração pautada pela meritocracia e que os ministérios que eventualmente forem extintos não vão significar o fim das ações que lhes eram vinculadas. Como exemplo de pasta com os dias contatos, Aécio citou a da Pesca, que, segundo ele, não se justifica. “Até porque precisa fortalecer o da Agricultura”, afirmou.

Aécio disse que sua meta é chegar à metade dos ministérios de hoje e, com eles, pretende alavancar ações principalmente na área de infraestrutura. As ferrovias e hidrovias, que, segundo o candidato foram abandonadas pelo atual governo, são alguns dos investimentos, caso o tucano seja eleito.

Licença

Além de abrir mão do salário, Aécio disse que pretende se licenciar do cargo. Segundo ele, o assunto está em discussão no partido. “Alguns companheiros acham que ter a tribuna do Senado como um espaço, uma alternativa, em alguns momentos, é importante. Pessoalmente, caminho para me licenciar”, afirmou Aécio, que anuncia sua decisão até esta quarta-feira (6).

Choque


Em São Paulo, onde participou da abertura do 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, Aécio prometeu um choque de infraestrutura. O candidato afirmou que, se eleito, vai resgatar o programa de produção do etanol e terá uma agenda de competitividade para o agronegócio. De acordo com o tucano, mais de 40 usinas de produção de álcool foram fechadas nos últimos anos e cerca de 20 estão em fase de liquidação judicial. “Resgatar o etanol é um ato de responsabilidade não só econômica, mas ambiental”, afirmou.

O tucano também defendeu a simplificação do sistema tributário brasileiro como forma de combater o custo Brasil. Aécio disse ainda que é possível conciliar a eficiência na produção com a responsabilidade socioambiental. “O Brasil, desde a década de 1990, teve aumentada sua área plantada alguma coisa em torno de 40% e a sua produção cresceu 220%. É uma demonstração clara de que o agronegócio brasileiro é produtivo e tem também responsabilidade”, afirmou.


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