"O que se faz hoje em Brasília é um pacto que divide pedaços do Estado e alianças com adversários históricos. Na Alemanha, os partidos fazem alianças, mas em torno de programas. É assim que o Brasil tem de fazer: alianças em torno de um pensamento", disse o candidato.
Campos, entretanto, não entrou em detalhes sobre como pretende sustentar as relações com o Congresso - para aprovação de leis e do orçamento, por exemplo - sem seguir o atual modelo de presidencialismo de coalizão.
"O modelo que aí está vem desde o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), depois no segundo governo Lula (PT) ficou mais evidente com o caso do 'Mensalão' e agora se imaginava que a presidente Dilma fosse quebrá-lo. Mas o que ela fez foi se entregar a esse tipo de modelo, o que não permite ao Brasil viver o encontro com essa energia renovadora da sociedade", afirmou o candidato. "Eu e Marina Silva, candidata a vice em nossa chapa, oferecermos ao Brasil a possibilidade de ser a única candidatura que dialoga com essa energia."
Campos criticou a política macroeconômica do governo federal e afirmou não serem diferentes as propostas de PSDB e PT nessa área. Perguntado se sua visão econômica seria parecida com a do candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, Campos negou: "A visão econômica mais parecida com a de Aécio é a que a presidente Dilma colocou em seu partido. Tanto PSDB quanto PT concordam em relação a isso: que a política econômica foi mantida em seus governos".
O candidato do PSB classificou a estagnação do crescimento da economia brasileira à "má governança".