As denúncias mais comuns nas eleições anteriores foram relacionadas à propaganda irregular e ao uso de bens públicos na campanha, com muitas delas evoluindo para processos judiciais. A maioria das ligações foi feita da cidade de São Paulo, mas também houve participação de cidades do interior e de outros Estados.
"Neste ano, por serem eleições gerais, acreditamos que teremos que responder a cerca de 10 mil questionamentos", afirmou Mario Ernesto Humberg, primeiro coordenador geral do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), uma das entidades responsáveis pelo serviço. "Financiamento eleitoral é uma das principais fontes de corrupção do País. Esse é nosso esforço para diminuir um pouco os desvios, mas só será possível mudar a situação quando tivermos uma reforma política eleitoral", acrescentou.
Para estas eleições, o serviço firmou parceria com a Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo para uma divulgação mais intensa do Disque Denúncia. "O tema corrupção está muito forte na cabeça do eleitor. Estamos tentando aperfeiçoar o processo político, assim como fizemos com a Lei da Ficha Limpa. O poder público tem suas limitações e nós também temos que dar nossa contribuição", ressaltou Luciano Santos, representante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
O serviço faz uma triagem inicial das denúncias - feitas de forma anônima - antes de encaminhá-las à Procuradoria e o cidadão pode acompanhar o processo com um número de protocolo.