A decisão de propor a CPI surgiu depois de denúncias feitas pela ex-mulher do parlamentar, Vanessa Felippe, de que Bethlem recebia uma mesada da organização não governamental Casa Espírita Tesloo, enquanto era secretário municipal. A ONG tinha contratos com a Secretaria.
“Uma das funções das casas legislativas é fiscalizar o trabalho do Poder Executivo. Diante desse quadro todo que está se apresentando, em que o próprio prefeito pediu que sua controladoria instaurasse uma tomada de contas para avaliar isso, é absolutamente necessária a instalação de uma CPI. Para apurar justamente como foram gastos os recursos dessas secretarias diante dessas denúncias. Queremos convencer nossos colegas vereadores que ainda não estão convencidos, de que é importante averiguar”, disse Pinheiro.
Para a criação da CPI é preciso coletar mais nove assinaturas, além das oito que já há. A pedido do Ministério Público Estadual, a juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, da 3ª Vara de Fazenda Pública, determinou o bloqueio de bens de Bethlem, de sua ex-mulher e do dirigente da ONG na época Sérgio Pereira de Magalhães Junior.
Bethlem negou as denúncias. Mas, diante da situação, desistiu de concorrer à reeleição à Câmara dos Deputados para cuidar da família e preparar sua defesa..