O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira,, em sabatina realizada na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que, caso eleito, pretende extinguir o Ministério da Pesca e incorporá-lo ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pasta da Pesca foi criada em 2003 no governo do então presidente Lula. Inicialmente atuava como uma secretaria ligada à Presidência da República, transformada em Ministério em 2009.
Para uma plateia composta por representantes do agronegócio, o candidato tratou por diversas vezes o Mapa como um "superministério" e afirmou que, em eventual gestão sua, a pasta "sairá da política de balcão a que está submetida hoje" e passará a ser "decisiva para a formulação de políticas públicas".
Aécio Neves ressaltou também a importância do setor para o crescimento da economia. "O Brasil pode superar a crise de desesperança e crescimento da economia. Não há visão estratégica no governo sobre a importância do agronegócio, que vem sustentando o PIB e contas externas", afirmou. "O superministério da Agricultura irá destravar investimentos sempre destacados nas folhas de papel e que não são vistos na vida das pessoas", acrescentou.
O candidato também sinalizou como trataria a questão das desapropriação de terras invadidas. "As fazendas invadidas não serão desapropriadas em um prazo de 2 anos, como sinalização clara de que respeitamos o direito de propriedade". Na questão trabalhista no campo, o tucano defendeu que haja uma redução dos custos. "Vamos garantir que se cumpram os direitos trabalhistas de quem trabalha no campo da mesma forma de quem trabalha no meio urbano, mas vamos reduzir os custos do campo".
Sem dar detalhes, Aécio prometeu também implementar uma desoneração total das exportações agropecuárias e investimentos. Ele considerou ainda como "urgente" a implementação de uma estratégia para aumentar a capacidade de armazenagem que, segundo o candidato, tem de aumentar em 50 milhões de toneladas nos próximos 4 anos.