Num discurso inicial para produtores rurais em sabatina da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), em Brasília, Dilma defendeu as políticas adotadas por seu governo para o setor rural. Ela disse que atendeu a uma demanda de agropecuaristas, ao retomar o financiamento da pecuária de corte. Disse, ainda, que seu governo reafirmou a continuidade do Programa de Sustento do Investimento (PSI), mesmo com "alguns pregando o fim dos subsídios" do programa. "Nas últimas três safras foram mais de R$ 20 bilhões do PSI apenas para o setor rural", afirmou.
Sobre o Código Florestal, cuja aprovação ocorreu em seu governo, a presidente disse que o desafio agora é o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e que o governo criou um mecanismo de registro pela internet que vai facilitar o cadastramento. "Quero reafirmar meu compromisso com ambiente juridicamente seguro com produtor", disse a presidente. Ela também colocou o tema das demarcações de terras indígenas como outro desafio do País e disse que determinou que o Ministério da Justiça revise as normas e procedimentos que tratam do tema. Além do mais, ela classificou a existência de trabalho escravo, sobretudo no campo, de "chaga a ser exterminada do País".
Dilma colocou também como prioridade aprimorar os mecanismos de seguro agrícola do País. "Vamos avançar ainda mais e asseguro que o governo federal continuará fazendo sua parte para ampliar área coberta pelos seguros". Dilma concluiu dizendo que houve no País um processo de descasamento entre os investimentos em infraestrutura e a expansão da capacidade produtora do setor agropecuário.
Além da expansão dos mecanismos de seguro, a presidente também disse que o Proagro tem crescido. Ela listou ainda investimentos em infraestrutura, como o aumento da capacidade de armazenagem. "Lançamos um plano quinquenal de armazenagem", disse. Ela defendeu o aprimoramento da logística de transporte no País, com a integração dos modais rodoviário, ferroviário (foram entregues disse, 2 mil quilômetros desse modal) e de hidrovias. Sobre este último modal, ela afirmou que a chave é a utilização dos rios da Amazônia, que pode resultar numa redução de ao menos US$ 30 por tonelada de grão transportado.
Dilma concluiu seu discurso propondo um diálogo sistemático com o produtor rural e lembrou que, nesta safra, os pequenos e médios produtores tiveram crédito disponível de R$ 180 bilhões. "A agropecuária pode contar comigo por mais quatro anos", finalizou..