O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, confirmou nesta quarta-feira, 6, que irá permanecer no mandato de senador durante o período das eleições. O tucano também informou que os integrantes da legenda irão atuar na CPI da Petrobras do Senado, abandonada pela oposição desde a sua criação.
"Gostaria de informar que decidi hoje me manter no exercício da função de senador da República sem receber a remuneração por esses meses da eleição. Para mantermos aqui, viva, presente, a posição das oposições", afirmou Aécio após participar de lançamento de comitê de campanha do candidato ao governo do Distrito Federal Luiz Pitiman (PSDB).
O ato contou com a participação do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que apoia em âmbito nacional a candidatura de Eduardo Campos (PSB). O PPS está coligado com o PSDB na chapa que disputa o governo do Distrito Federal.
"Nosso papel é impedir que seja uma farsa maior", disse Aécio, numa referência às denúncias de que as perguntas da comissão eram enviadas previamente aos depoentes. "Nós somos minoria, mas estaremos lá presentes em todas as discussões, para impedir a sua manipulação".
O tucano também aproveitou a ocasião para atacar o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e lembrou da suposta participação do petista no episódio dos "aloprados", em que integrantes do PT teriam fabricado um dossiê na campanha de 2006 contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB).
"As denúncias chegam ao Palácio do Planalto ao segundo homem do Ministério das Relações Institucionais, coordenado e conduzido hoje por um homem já envolvido em gravíssimas denúncias como aquelas dos aloprados. Se a presidente da República resolve levar pessoas com esses valores, com essa forma de agir, para dentro do Palácio, ela certamente é responsável pelas consequências dos atos dessas pessoas", disparou Aécio.
O mesmo tom foi usado pelo candidato ao ser perguntado sobre o silêncio da presidente Dilma sobre o episódio da antecipação das perguntas na CPI. Questionada sobre o assunto, Dilma disse que as explicações cabiam ao Congresso. "Esse governo tem uma marca, que é a do 'eu não sabia'.
Com Agência Estado .