Campos voltou a fazer críticas à gestão econômica do atual governo. "A gestão do País não tem foco, não tem visão de longo prazo", afirmou. Ele defendeu novamente melhorias na condução da macroeconomia, para corrigir desequilíbrios de inflação alta, juros altos e baixo crescimento. E criticou também a política do atual governo de priorizar determinados setores. "Setores da indústria conseguiram ter ambientes e nichos diferentes para sobreviver."
O setor de máquinas e equipamentos vem recebendo incentivos do governo federal, especialmente nos últimos cinco anos, mas mostra queda nos índices de produção. O setor reclama das condições de câmbio e do custo Brasil.
Campos afirmou que a solução para melhorar o ambiente econômico está na política, antes que na economia, criticando o sistema presidencialista de coalizão, que, segundo ele, está "esclerosado".
O candidato falou que o setor do agronegócio tem uma importância grande para o País, mas que o Brasil precisa de um presidente com "coragem" para defender a indústria e que não seja conivente com esse processo que leva ao "derretimento" de empregos. "Precisamos salvar a indústria brasileira da maior crise que viveu nos últimos 40 anos." Ontem, Campos falou na Confederação Nacional da Agricultura (CNA) sobre suas propostas para fortalecer o ambiente para o agronegócio. Também falaram à CNA a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato tucano Aécio Neves.
A Abimaq ouviu Aécio Neves, candidato do PSDB, no início de julho e ouvirá Michel Temer, vice-presidente, representando Dilma, no início do mês que vem..