Um dos principais protagonistas dentro do Congresso no debate do Marco Civil da Internet, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), recebeu uma única doação na etapa inicial das eleições, originária justamente do setor de telecomunicações. A empresa Telemont, cuja principal atividade econômica é a construção de estações e redes de telecomunicações, contribuiu para a campanha do peemedebista com R$ 900 mil, segundo a primeira prestação de contas divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tornada pública ontem. O repasse foi feito via diretório estadual do PMDB.
A neutralidade é o princípio segundo o qual os provedores de internet não podem oferecer preços diferenciados de acordo com o tipo de serviço acessado, como e-mails ou vídeos. Ao final, a redação convertida em lei garantiu que as companhias poderiam ter cobranças diferenciadas para a velocidade do serviço e pelo volume de dados utilizado. Com sede em Minas Gerais, Telemont divulga na internet ter entre seus clientes as principais empresas de telefonia e de serviços de internet que atuam no Brasil, entre elas Claro, Oi, Telefonica/Vivo, Tim, Embratel, Intelig e GVT.
Procurado, o deputado disse que, como recebeu a quantia pelo PMDB fluminense, "nem conhece a empresa". "Foi uma doação partidária", afirmou. "Não vejo nada de mais". Ele destacou ainda que a doação não é das operadoras e sim de uma empresa apenas presta serviços de montagem para elas. A Telemont não se manifestou até o início da noite desta quinta-feira.
Com Agência Estado