Pesquisas de intenção de voto para presidente da República realizadas pelo MDA/EM Data, encomendadas pelo Estado de Minas e pelo Correio Braziliense – jornais que integram o grupo Diários Associados – mostra que o senador Aécio Neves (PSDB) sai na frente em Minas e no Distrito Federal. No estado que governou entre 2003 e 2010, o tucano vence a presidente Dilma Rousseff (PT) por 41,8% a 32,5% e, no Distrito Federal, Aécio tem 30,3%, contra 26,1% da petista. Se as eleições fossem hoje, o adversário do PSDB venceria a atual presidente no segundo turno nas duas unidades da federação.
A situação de Aécio é mais confortável entre os mineiros. Conforme o levantamento, Aécio vence Dilma por uma diferença de 9,3 pontos percentuais. Em seguida aparecem o ex-governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 5,4% das intenções de voto, e Pastor Everaldo (PSC), com 1,2%. Outros candidatos atingiram 1,4%. Afirmaram que não votariam em nenhum deles, branco e nulo 6,3% dos entrevistados e 11,3% não souberam ou não responderam. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Na pesquisa espontânea, quando não são colocados os nomes dos candidatos, Aécio tem 27,4% das intenções de voto, contra 26,3% de Dilma e 2,2% de Eduardo Campos. Os indecisos ou que pretendem anular o voto ou deixá-lo em branco somam 42,1%.
Em uma simulação de segundo turno, o resultado em Minas Gerais dá a vitória a Aécio Neves, quando ele é o adversário de Dilma. Nessa hipótese, o tucano venceria com 46,6%, contra 36,1% de Dilma. Votos brancos ou nulos representam 8,2% das opções e 9,1% não souberam ou não responderam. Em um segundo cenário, contra Eduardo Campos, Dilma venceria o pernambucano por um placar de 44,9% a 28,8%. Neste caso, 12,9% dos eleitores votariam branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 13,4% não souberam ou não responderam.
O MDA/EM Data também procurou saber o que os eleitores acham do governo Dilma. Em Minas Gerais, as avaliações positivas somaram 34,5% e as negativas ficaram em 23,9%. Para o diretor do MDA e responsável pela pesquisa, Marcelo Souza, o resultado de Aécio em Minas se deve ao rescaldo de suas duas gestões à frente do governo do estado. “Aécio tem uma boa vantagem em relação a Dilma, que é, basicamente, um reflexo da boa avaliação da administração dele entre os mineiros. Imagino que, para ele, será bom ampliar essa diferença e talvez isso possa ocorrer na hora em que o eleitor prestar mais atenção e der mais importância à campanha”, avalia.
Margem menor No Distrito Federal, Aécio está na frente, mas a situação é de empate técnico com Dilma, já que a diferença entre os dois é de apenas 4,2 pontos percentuais. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, Aécio poderia ter entre 27,8% e 32,8%. Já Dilma estaria entre 23,6% e 28,6%. Em terceiro lugar aparece Eduardo Campos (PSB), com 14,3%. No levantamento, Pastor Everaldo (PSC) tem 3,3% das intenções de voto e os outros candidatos somam o mesmo percentual que ele, de 3,3%. Não votariam em nenhum nome, em branco ou nulo 16,2% dos eleitores e 6,6% não souberam ou não responderam.
Dilma perde nos dois cenários de segundo turno pesquisados no Distrito Federal. No embate contra Aécio Neves, o tucano foi o escolhido por 50,8% dos eleitores consultados, contra 31,9% da petista. Indecisos, brancos e nulos somam 17,3%. Quando a briga é contra Eduardo Campos, o pernambucano foi o preferido de 48% dos entrevistados e Dilma foi a opção de 32,9%. Outros 19,1 % não decidiram ou pretendem votar em branco ou anular.
A pesquisa mostra que a avaliação negativa do governo Dilma Rousseff no Distrito Federal chega a 41,7%, enquanto 21,2% dos eleitores consideram a gestão positiva. Para o diretor do MDA e responsável pelo levantamento, Marcelo Souza, esse resultado pode explicar a vitória dos adversários da presidente, que tenta a reeleição. “Tem um pouco do impacto da má avaliação da Dilma, que tem um desempenho pior em Brasília do que em Minas. No Distrito Federal, ela está pior do que a média nacional, o que acaba trazendo uma rejeição maior e, portanto, a escolha dos seus adversários”, afirmou o pesquisador.
As pesquisas foram realizadas entre 3 e 7 de agosto sob registros BR 00324/2014 e BR 00322/2014. Em Minas, foram consultadas 2.002 pessoas divididas em 10 regiões por densidade populacional e no Distrito Federal 1.501 distribuídas em 30 regiões administrativas, também por contagem de população.