"Fizeram uma política com relação ao preço da gasolina, em relação ao petróleo, que causou um dano imenso, inclusive ao setor sucroalcooleiro", disse.
Serra afirmou que qualquer decisão em relação à economia tomada pelo governo "tem de ser deflacionada ou inflacionada", porque o governo, na avaliação do candidato, está concentrado na questão eleitoral. "Sempre foi assim desde o começo, imagine agora".
O candidato ao Senado afirmou ainda que a presidente Dilma Rousseff prejudicou o sistema elétrico com as medidas que impôs ao setor, principalmente a redução no preço da energia por meio de uma medida provisória. "A Dilma quebrou sistema elétrico, que estava ruim, ao editar a MP e criou o erro perfeito. Aliás, a Dilma é especialista em erros perfeitos".
Serra classificou as novas denúncias sobre o envolvimento de políticos com o doleiro Alberto Youssef como uma "caixa-preta aberta" que só será investigada com mais rigor em um novo governo. "O fato é que o governo do PT foi privatizado, no sentido de ser usado em beneficio próprio. Você tem um doleiro misturado com medicamentos e petróleo...
Em um rápido pronunciamento aos militantes e políticos presentes no comitê do PSDB em Ribeirão Preto, Serra admitiu que a eleição à Presidência será muito difícil para os tucanos. O ex-governador lembrou que a presidente Dilma terá um tempo maior no horário eleitoral que seus adversários, mas questionou as possíveis bandeiras de campanha dela na disputa.
"Vai ser uma campanha dura, porque o PT vai vir com aquelas bolsas todas; não só a (Bolsa) Família, mas o Prouni, o Pronatec e também o Minha Casa Minha Vida, que é uma política discutível porque em cada casa tem a participação do Estado", afirmou. Já em São Paulo, Serra afirmou que situação "não é tão difícil" para a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e que a transferência de votos ao senador Aécio Neves será importante para elegê-lo na Presidência. "Se Aécio ganhar em São Paulo facilita muito, porque ele tem vitória certa em Minas", completou.
Serra, que foi ministro da Saúde, voltou a criticar o controle da pasta pelo PT, sem citar o também ex-ministro Alexandre Padilha, candidato da oposição ao governo paulista. "O PT desativou os mutirões da saúde, seja pelo fato de ter nosso carimbo, seja por ser complexo de fazer ou não ter capacidade. Quando eu era ministro, os medicamentos genéricos demoravam cinco meses para serem aprovados. Subiu para 30 meses desde que eu saí", disse. "É criar a dificuldade para gerar facilidades"..