Muniz refuta qualquer tipo de comparação de que estaria, ao mesmo tempo, querendo ficar bem com os petistas e tucanos – como se estivesse “acendendo uma vela para Deus e outra para o diabo” – pelo fato de estar junto com a mulher candidata a deputada federal de um lado e ter a irmã candidata a Câmara do lado contrário. Ele alega que foi o seu grupo político que decidiu pelo apoio ao nome da primeira-dama para concorrer à Câmara dos Deputados e jura de pé junto que não tem nenhum envolvimento no lançamento da candidatura de Ariadna.
"A candidatura da minha irmã é uma coisa à parte do nosso grupo político. É uma decisão individual dela. Gosto muito da minha irmã e tenho muita afinidade com ela, mas ela está caminhando em outro campo político que não é o meu”, disse o chefe do Executivo. Ruy Muniz disse que não teve como se opor ao lançamento do nome da irmã dele para disputar o mesmo cargo da sua mulher. “Não teve nada orquestrado por mim”.
Ouvida pela reportagem, a primeira-dama e candidata a deputada federal Raquel Muniz evitou falar o nome da cunhada. “É uma decisão pessoal dela, que eu respeito. Prefiro falar da minha candidatura e da minha campanha”, resumiu a representante do PSC, que acrescentou: "a minha candidatura resulta de uma decisão de grupo".
Ruy Muniz tinha o comando do diretório do PRB em Montes Claros. Depois que ele anunciou o apoio a Aécio Neves e Pimenta da Veiga, a direção estadual do partido transferiu a direção do PRB municipal para a irmã. “Meu campo político sempre foi do lado Do Aécio. Eu era do DEM e em 2012 me filiei ao PRB porque me deram a legenda para que eu pudesse ser candidato a prefeito. Além disso, o PT em Montes Claros faz uma oposição hostil a minha administração. Eu não tinha como ficar com essas pessoas na campanha”, explica. .