Essa proposta foi votada em primeiro turno e precisa agora passar novamente pelo plenário para poder ser sancionada pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), autor do projeto de refinanciamento dos débitos. Está na pauta ainda uma proposta, também do Executivo, que cria uma associação independente para gerir o Hospital Metropolitano, conhecido como Hospital do Barreiro, que deve ser inaugurado parcialmente em abril.
Os governistas culpam a oposição pela não realização das votações. Já a oposição responsabiliza a base do prefeito, que, na teoria, conta com 32 vereadores, maioria absoluta no Parlamento.
Sem consistência
O vereador Ronaldo Gontijo (PPS), também da base, cobra cooperação da oposição, mas admite que falta “consistência na base governista”. Ronaldo defendeu a votação do projeto de refinanciamento, classificado por ele como de “interesse do cidadão”, e também o do hospital. Segundo ele, com o modelo de gestão proposto pela prefeitura, o hospital terá uma administração autônoma, mas com serviço “100% público”.
Um dos entraves para a oposição é justamente esse projeto do hospital. De acordo com o vereador Pedro Patrus (PT), esse modelo de gestão, que mescla iniciativa privada com gestão pública, foi reprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e é alvo de questionamentos judiciais em outras estados que resolveram adotar esquema parecido. “Nos somos contra o projeto do Hospital Metropolitano e queremos discutir melhor o perdão dos tributos. Também não aceitamos votar esses projetos sem discutir antes a criação da CPI para investigar a queda do viaduto na Avenida Pedro I e a questão das ocupações urbanas na capital mineira. Mas somos minoria. Se a base quiser, ela aprova tudo”, afirma Pedro Patrus, um dos articuladores das obstruções. .