Em entrevista à revista Veja, Meire afirmou que o doleiro circulava com "malas e malas de dinheiro" em esquema de lavagem supostamente utilizado por políticos do PT, PMDB e PP. Segundo ela, as malas de dinheiro saíram da sede de pelo menos três "grandes empreiteiras, sendo embarcadas em aviões e entregues às mãos de políticos". A ex-contadora acusou Argôlo e o deputado André Vargas (sem partido-PR) de se beneficiarem do esquema. Ambos respondem a processo no colegiado por suas relações com o doleiro preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
A ex-contadora será a primeira testemunha a ser ouvida pelos membros do Conselho. Na sequência, será ouvido Douglas Alberto Bento, gerente da agência da Caixa Econômica Federal na Câmara dos Deputados. Bento foi arrolado como testemunha de defesa.
Dois pedidos de investigação contra Argôlo foram apresentados em maio, quando veio à tona a troca de mensagens entre o parlamentar e o doleiro. Argôlo é acusado de receber, além de gado, R$ 120 mil de Youssef através de uma transferência bancária feita na conta de seu chefe de gabinete, Vanilton Bezerra.