Ao longo da sessão, o número de presentes chegou a 28 parlamentares, mas logo caiu para 19 e ela teve de ser interrompida. Eram necessários pelo menos 21 parlamentares. A maior ausência foi de representantes da base governista. Dos 24 ausentes no fim da sessão, 17 eram da base de governo. Nem mesmo os vice-líderes do governo, Marcelo Alvaro Antônio e Sérgio Fernando, estavam presentes.
Os representantes do partido do prefeito Marcio Lacerda, o PSB, também não apareceram. Entre os mais faltosos estão os vereadores que disputam as eleições para deputado.
Insatisfeito com a base, o governo pediu a relação dos faltosos em todas as últimas sessões. A avaliação é de que, além da fragilidade da base, as eleições estão dificultando as votações. "Está todo mundo em campanha. Ninguém está interessado nas votações", reclama um governista. De acordo com outro integrante da base, a arrecadação da prefeitura já está baixa e, com a possibilidade do refinanciamento dos débitos ser votado, reduziu mais ainda.
"Picuinha"
Preto cobra da oposição colaboração na hora de votar. Segundo ele, os vereadores estão, "por picuinha", atrasando a análise das matérias. De acordo com ele, com a demora, o quórum acaba caindo. Ele garante que foi feito um acordo entre prefeitura e oposição para que o projeto do refinanciamento e também a proposta que cria uma gestão independente do Hospital do Barreiro fosse votada em segundo turno. “Acordo tem que ser cumprido. A cidade é maior que todos”. O vereador Pedro Patrus (PT) nega a existência do acordo e diz que a obstrução é legítima e faz parte da disputa.