Os corpos dos sete ocupantes do avião Cessna que caiu na manhã desta quarta-feira, 13, em Santos, incluindo o do candidato pelo PSB à presidência da República, Eduardo Campos, começaram a ser resgatados no início da tarde desta quarta-feira, 13, e devem ser encaminhados para o Instituto Médico Legal de São Paulo. Veja quem são as vítimas do acidente.
Agentes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informaram que a área de perícia do local do acidente se estende por um diâmetro de um quilômetro. Policias federais dão apoio aos peritos. A dificuldade, disseram é a proximidade do anoitecer, que pode atrapalhar os trabalhos. A perícia ocorrem em conjunto com o trabalho dos bombeiros, segundo um agente do Cenipa. A garoa forte não deu trégua durante a tarde no bairro do Boqueirão, em Santos, onde a tragédia ocorreu.
O chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, afirmou que ao todo 10 imóveis foram atingidos pelo avião. Um deles, uma casa dos fundos de outra casa, foi o único local totalmente destruído. Em terra, a Defesa Civil contabilizou quatro vítimas, todas com intoxicação, que precisaram de socorro médico. "Teve mais gente, chamuscada, com queimaduras, que também ficaram feridas", disse.
Até agora, a Defesa Civil informa que há registro apenas das mortes dos sete ocupantes do avião. Quatro das sete pessoas que moravam em três casas e que foram encaminhadas ao Pronto-Socorro Central já foram liberadas. Ainda não há informação sobre o estado de saúde das três vítimas que continuam internadas na Santa Casa de Misericórdia de Santos.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que já se encontra em Santos, ainda não compareceu ao local. O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, esteve na área interditada, mas não quis falar com a imprensa. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, os trabalhos devem prosseguir no decorrer da noite e os moradores que tiveram suas casas interditadas não deverão retornar às suas residências para que o trabalho de perícia não seja prejudicado.
Ainda em choque, moradores do entorno do local do queda do avião dizem que o trabalho de resgate dos corpos ainda não começou. "Não dá para contar o que está lá", conta o empresário Fabrico Rodrigues Simões, de 39 anos. A mãe dele mora em uma vila de 12 casas geminadas, que foi um dos quatro terrenos atingidos pelo avião.
Quarenta e cinco bombeiros atuam na tragédia. Depois do combate às chamas, homens farão buscas com cães de salvamento para resgatar restos mortais das vítimas, segundo o capitão Marcos Palumbo, dividindo a áreas da queda em quatro quadrantes.O trabalho será iniciado após liberação do espaço pela aeronáutica. "Temos restos de corpo espalhados por toda a região. É uma ocorrência muito complicada", afirmou o capitão.