O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) barrou 174 candidatos ao pleito deste ano em Minas.
A Ficha Limpa também barrou condenados por roubo ou homicídio, caso, por exemplo, do delegado Paulo Maloca (PTdoB), que tentava uma vaga de deputado federal. Também foram impedidas de concorrer duas pessoas condenadas pela Justiça Eleitoral por terem doado para campanhas passadas recursos acima do limite legal previsto pela legislação. “Na prática, pudemos constatar que a Lei da Ficha Limpa começa a surtir efeitos ao impedir candidaturas de políticos condenados por mau uso do dinheiro público ou por outros fatos desabonadores da conduta”, afirma o procurador regional eleitoral, Patrick Salgado.
Mas a maioria dos impugnados foi por falta de documentos e por não atender aos requisitos de elegibilidade.
No total, a Procuradoria Regional Eleitoral em Minas impugnou 1.308 pedidos de registro, a maioria absoluta por falta de documentos. Foram 982 impugnações apresentadas por esse fundamento. “A impugnação por falta de documentos subsiste a cada ano em um volume que causa espanto, porque revela desídia dos interessados e de seus partidos em cumprir exigências simples e notórias da legislação eleitoral. Essa conduta chama a atenção porque, na maioria das impugnações por esse fundamento, basta que o interessado apresente a documentação que falta para que o TRE libere o registro”, explica Patrick Salgado.
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