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Estado de Minas

Equipe do IML de São Paulo foi a Valadares colher amostra de DNA do piloto mineiro

O material será comparado com a mucosa da boca de Eduardo Barbosa, irmão de Geraldo Magela Barbosa da Cunha


postado em 15/08/2014 06:00 / atualizado em 15/08/2014 07:42


Peritos do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo foram ontem a Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, para colher amostra de DNA da família do piloto mineiro Geraldo Magela Barbosa da Cunha, de 45 anos, um dos mortos no acidente aéreo envolvendo o candidato a presidente Eduardo Campos. O reconhecimento dos restos mortais de Magelinha, como era carinhosamente conhecido, será feito por exame de DNA. O material será comparado com a mucosa da boca de Eduardo Barbosa, irmão do piloto. A equipe do IML foi levada a Valadares por um avião da Polícia Federal.


Concunhado do piloto, Alexsandro Wnuk, de 39, foi a São Paulo para ajudar na liberação dos restos mortais. Enquanto o processo de identificação do corpo segue, a família vive a expectativa do enterro do piloto, que há três meses trabalhava na campanha de Eduardo Campos. “Não temos ideia ainda de quando será liberado. Não adianta ficar ansiosa. Tem que agarrar em Deus”, afirma a mãe de Magelinha, Odete da Cunha, de 72 anos, que mora em Governador Valadares, onde será enterrado o filho. Segundo ela, a previsão é que o sepultamento ocorra em, no máximo, três dias.

Com quase 20 anos de carreira, Geraldo Magela atuava como copiloto no acidente que matou sete pessoas. Nascido em Valadares, morava em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com a mulher Joseline Vieira Amaral da Cunha, de 32, grávida de sete meses, e o filho João, de 3. Joseline estava desde o  dia 4 com o filho nos Estados Unidos para encontrar com familiares e comprar enxoval da bebê, Ana. Eles se hospedaram na casa do irmão mais velho de Magela, Rui Barbosa da Cunha.

LEMBRANÇAS Os três chegam hoje ao Brasil. Joseline desembarca com João em Belo Horizonte, e Rui Barbosa segue direto para São Paulo para ajudar na liberação dos restos mortais. No apartamento do piloto em Santa Luzia, a emprega doméstica da família, ainda chocada, prefere o silêncio. O zelador do prédio, Antônio Dário Alves, conta que Magelinha era muito cordial, sempre sorridente e conversado. “Há algum tempo, ele me contou que estava carregando um presidente”, lembra. O carro do piloto está parado na garagem. Dentro do automóvel, um avião de brinquedo do filho, que agora virou triste lembrança do pai.


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