O gravador de voz do jato Cessna 560XL em que viajava a comitiva do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e que caiu quarta-feira, em Santos (SP), não registrou as conversas ou sons ambientes durante o último voo da aeronave.
Segundo a assessoria da Aeronáutica, as duas horas de áudio gravadas e já analisadas por peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não correspondem ao voo em que Campos e mais seis pessoas morreram.
A Aeronáutica explicou que, como o gravador de voz, o chamado cockpit voice recorder, não registra a data em que as conversas ocorreram, ainda não é possível afirmar em que voo os dados já obtidos foram gravados. “As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação”, informa nota da Aeronáutica. “É importante ressaltar que os dados obtidos no gravador de voz representam apenas um dos elementos levados em consideração durante o processo de investigação, não sendo imprescindíveis para a identificação dos possíveis fatores contribuintes”.
Proveniente do Rio de Janeiro, o avião da comitiva do ex-governador de Pernambuco caiu por volta das 10h de quarta-feira em uma área residencial da cidade de Santos. Quando se preparava para o pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião. Os dois tripulantes e os cinco passageiros morreram.
Onze pessoas que moravam ou estavam próximos ao local do acidente sofreram ferimentos e tiveram que ser atendidas em unidades hospitalares. O único ferido que ficou internado, uma criança de 1 ano e meio, deixou a Santa Casa de Misericórdia de Santos nesta manhã.