Um vídeo que supostamente seria utilizado durante a campanha de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva durante a propaganda eleitoral gratuita na televisão vazou na internet (veja abaixo). Em pouco menos de dois minutos, Campos critica as alianças do governo Dilma Rousseff (PT) com políticos como José Sarney (PMDB), Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTB-AL). Campos ressalta que apesar de distribuir ministérios para os aliados, a presidente não conseguiu aprovar os projetos que queria no Senado Federal.
"É hora de mandar o Sarney para a oposição", diz o texto inicial da propaganda. Logo depois, Campos aparece em um auditório circular, rodeado por uma pequena plateia, na qual está a candidata a vice, Marina Silva. "A presidenta Dilma criou 39 ministérios. Deu um ministério a um afilhado de Sarney, outro de Renan Calheiros, que é senador, outro prá lá, outro pra cá, e ela passou um bocado de tempo sem conseguir votar nada que ela queria no Senado - porque eles queriam mais, queriam mais. Ia para quantos ministérios, 80, 90, para 100? Não existe isso", critica o peesebista.
Em tom sereno e com uso de muitas expressões coloquais, Campos ressalta a "pressão" e o "calor" do povo, nas manifestações, que teria obrigado o Congresso a legislar. "O povo foi pra rua em junho, tá lembrado? Encheu aquela Esplanada (dos Ministérios) de estudante, desceu gente de desempregado daquela periferia de Brasília, de funcionário público... Em 15 dias, sem que o povo desse nenhum ministério, nenhum cargo a eles - que o povo não tinha o que dar -, só dando aquela pressão, aquele calor, eles votaram mais do que em um ano, Dilma dando tudo o que eles queriam."
Depois, o candidato volta a critica os parlamentares que em outras ocasiões chamara de "velhas raposas". "Eu e a Marina somos os únicos candidatos que estamos dizendo, de agora, a gente está mandando avisar pela imprensa: Avisa aí ao Sarney, ao Renan, ao Collor, que nós vamos chegar e que eles vão para a oposição. No nosso governo, conosco, eles não vão trabalhar. O Sarney já desistiu de ser candidato. Já partiu, você entendeu, não?"
Por fim, sem pedir votos explicitamente - a propaganda sequer exibe o número da chapa - Campos encerra dizendo que "é preciso que tenha alguém que faça isso. Senão, não vai, não tem jeito."