“Os prazos são fixados por lei e, portanto, são obrigatórios. O que poderia ser analisado pela Justiça eleitoral seria um consenso entre todas as candidaturas”, afirmou Toffoli na quinta-feira. O próprio PSB já anunciou que usará o primeiro programa eleitoral para realizar uma homenagem a Eduardo Campos, morto em um acidente de avião na quarta-feira.
A campanha da coligação Com a Força do Povo, que lançou a presidente Dilma Rousseff como candidata à reeleição pelo PT, continua trabalhando com a data do dia 19 para início da propaganda e também pretende fazer uma homenagem a Campos na primeira inserção. A assessoria da campanha justifica ainda que nenhum partido procurou o PT com a proposta de um acordo.
Homenagem
O assunto também não está em discussão na coligação do tucano Aécio Neves.
Na prática, se os partidos deliberassem por postergar o início da campanha em razão da morte de Campos, poderiam simplesmente não entregar a mídia às emissoras de rádio e TV nos primeiros dias. A campanha do Pastor Everaldo, candidato do PSC, diz seguir o posicionamento do PSB, que dedicará o programa do dia 19 à memória de Campos. O pastor viaja no domingo para o Recife (PE) e retoma a agenda de campanha na segunda-feira.
A candidata do Psol à Presidência da República, Luciana Genro, criticou no Twitter a proposta do PV de adiar o início da propaganda eleitoral. Para ela, a proposta ajudaria a “despolitizar” as eleições. “Só aceitaria adiamento do horário eleitoral se forem adiadas as eleições também”, escreveu. Na quinta-feira, contudo, o ministro Dias Toffoli rechaçou a possibilidade de alterar a data da votação. De acordo com ele, não é possível fazer a mudança, pois a data é fixada pela Constituição..