Seu corpo foi transportado de São Paulo para Maringá no início da noite de sábado, por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele era casado com a bioquímica Flávia Tatiana Vargas Martins e tinha dois filhos, de 7 e 2 anos, que acompanharam o enterro.
O irmão do comandante, o também piloto Márcio Martins, disse que a falha no equipamento que faz a gravação de voz na cabine do avião, o Cockptit Voice Recorder (CVR), vai dificultar as investigações sobre a queda do avião que transportava o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB). "É estranho (ocorrer a falha). Enquanto não tivermos acesso a esses dados, nunca saberemos o que aconteceu. Não dá para dizer nada", declarou.
Márcio Martins também tem experiência de voo neste modelo, que segundo ele, é uma aeronave moderna e apta a descer em diversos tipos de pistas. "Um dos requisitos do Eduardo Campos para voar naquela aeronave era ter um piloto experiente. O Marcos tinha mais de mil horas de voo no modelo", afirma o irmão.
Marcos Martins, natural de Cruzeiro do Oeste, havia se mudado para São Paulo desde que começou a pilotar profissionalmente. Seus pais moram numa propriedade rural próxima a Maringá. Representantes do PSB no Paraná acompanharam o enterro. Entre as coroas de flores, havia uma do Governo do Estado de Pernambuco e outra do prefeito de Recife, Geraldo Julio de Mello.
"O PSB vai acompanhar as investigações para saber o que aconteceu. Estamos num momento de luto, mas queremos ver tudo esclarecido'', disse o deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB). (Fábio Cavazotti, especial para o Estadão).