Milhares de pessoas e um sentimento em comum: tristeza. Família, amigos, políticos e admiradores expressavam em lágrimas e perplexidade a dor pela morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que está sendo velado hoje no Palácio Campo das Princesas, sede do governo. Durante a missa de corpo presente, de quase duas horas, celebrada pelo arcebispo de Recife e Olinda, dom Fernando Saburido, muitos presentes à cerimônia foram às lágrimas. Estima-se que 130 mil pessoas estavam no local. Números oficiais ainda não foram divulgados. O corpo de bombeiros precisou socorrer algumas pessoas que passaram mal próximo ao caixão do ex-governador pernambucano.
Ao lado do caixão, a viúva Renata Campos permaneceu serena, próximo aos filhos. No meio da cerimônia, Miguel, de seis meses, foi levado para dentro do palácio por uma tia. Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, parecia a mais inconformada com a tragédia da última quarta-feira, no litoral de São Paulo, quando avião da comitiva de Campos caiu em Santos.
Mesmo estando como adversário de Campos na disputa pela Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi aos prantos ao fim da missa campal. O deputado gaúcho Beto Albuquerque, a deputada Luiza Erundina, do mesmo partido de Eduardo, não se contiveram.
A presidenta Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, o presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves, o do PV, Eduardo Jorge é a companheira de chapa de Campos, Marina Silva, acompanharam a celebração. Também estiveram presentes os governadora de Pernambuco, José Lyra, de São Paulo, Geraldo Alckmim, de Alagoas, Teotônio Vilela, do Espírito Santo, Renato Casagrande, do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, entre outras autoridades, como ministros, prefeitos, embaixadores e empresários.
Os restos mortais de Eduardo Campos serão velados na sede do governo até as 17h, quando o caixão será levado em carro aberto do Corpo de Bombeiros para o Cemitério de Santo Amaro. Também estão sendo velados na sede do governo pernambucano, o jornalista Carlos Percol, o fotógrafo Alexandre severo e o cinegrafista Marcelo Lyra.