A emissora decidiu veicular diariamente a agenda de candidatos estaduais que possuem acima de 10% das intenções de voto, o que garantiu apenas a exposição diária do atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do candidato peemedebista Paulo Skaf.
Para o PT-SP, a emissora "descumpre os critérios de isonomia e de garantia de oportunidade igualitária a todos os candidatos".
Emídio lembra que as rádios e televisões operam em regime de concessão e devem manter sua finalidade pública. "Não podem, até por isso, ser usados para beneficiar esse ou aquele candidato, essa ou aquela candidatura, devendo pautar sua atuação durante as eleições pela imparcialidade", diz a nota.
Segundo o partido, em 2012, a TV Globo também tentou limitar a participação de postulantes à Prefeitura de São Paulo e a Justiça julgou que todos os candidatos teriam o mesmo direito à cobertura diária da emissora.
'Sacanagem'
No início do mês, durante um evento de campanha da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou abertamente a TV Globo e chamou de "sacanagem" os critérios adotados pela emissora.
"Já fui vítima de todas as sacanagens que vocês possam imaginar, mas tem coisa que vai ficando insuportável. A Dilma é candidata, mas eles decidiram que só vão colocar na televisão, no principal jornal deste país, candidatos acima de 6% das intenções e não os pequenos porque eles estão com política de criticar de manhã, de tarde e de noite esse governo", afirmou Lula, na ocasião.
Lula acusou ainda que em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, a emissora mudou o critério para não dar espaço ao candidato petista, Alexandre Padilha, que, segundo a última pesquisa Ibope, tem apenas 5% das intenções de voto. "Em São Paulo, a sacanagem é tamanha, que eles decidiram que só vão colocar os candidatos acima de 10% para tirar o Padilha da televisão. Cada jogo, em cada eleição, é uma sacanagem", afirmou Lula..