O PMDB de Minas vai punir com a expulsão os prefeitos e representantes de diretórios municipais que não apoiarem na disputa ao Palácio da Liberdade a chapa encabeçada por Fernando Pimentel (PT) e o seu candidato a vice, Antônio Andrade, deputado federal e presidente da legenda no estado. Em reunião da executiva estadual ontem, foi constituída uma comissão especial para identificar e conduzir o rito para a expulsão dos prefeitos e diretórios considerados infiéis por apoio a outros candidatos ao governo e candidatos a deputado estadual e federal de partidos que não fazem parte da coligação PT-PMDB-PRB-PCdoB e PROS. O prefeito de Teófilo Otoni, Getúlio Neiva (PMDB), que está em campanha declarada para o candidato ao governo de Minas pelo PSDB, Pimenta da Veiga, é o primeiro da lista a ser punido, com toda a substituição do diretório do partido naquela cidade.
Já os chamados peemedebistas “históricos” Zaire Rezende, ex-deputado federal e ex-prefeito de Uberlândia, e o ex-senador Ronan Tito, que já explicitaram apoio ao candidato ao governo Tarcísio Delgado (PSB), serão submetidos a um outro rito, segundo o deputado estadual Sávio Souza Cruz, presidente da comissão especial. Eles correm o risco de expulsão, mas, como filiados, serão levados à comissão de ética da legenda. Zaire Rezende havia, na semana passada, manifestado intenção de apresentar pedido de licença à direção estadual. “A minha discordância com o PMDB é só com a candidatura ao governo de Minas. Apoio o Tarcísio, pois entre o partido e o que é melhor para Minas, fico com o que é melhor para o estado”, avisou Rezende, que afirma manter a sustentação ao candidato ao Senado, Josué Gomes da Silva, e à chapa proporcional do PMDB.
Indagado sobre o número de infiéis no PMDB, Antônio Andrade declarou que será tarefa da comissão identificar os casos. “Todos os que disputaram as eleições passadas sabiam das regras.